TEXTO FORMATIVO PARA CANDIDATOS À CATEQUISTAS
TEXTO 01
(Este texto pode ser utilizado individualmente ou em grupo de candidatos à catequista)
Decisões
Célio Reginaldo Calikoski
Nós tomamos decisões todos os dias. Algumas decisões são fáceis de tomar, outras necessitamos de reflexões, outras, ainda, conversamos com outras pessoas para decidirmos. O ser catequista é uma decisão que devemos tomar após muitas reflexões e com ajuda de outras pessoas.
Essa opção por ser catequista você vai tomar esse ano com a ajuda do grupo de catequistas mais experientes. Primeiro lugar você terá que descobrir o que o está motivando a ser catequista. E para isso terá que olhar com sinceridade para dentro de você e responder a seguinte pergunta: POR QUE QUERO SER CATEQUISTA? (aqui deixa uns momentos de reflexões e após se quiser alguns candidatos a catequista pode compartilhar sua reflexão).
Os Bispos do Brasil (CNBB, 1990) afirmam que “uma das exigências da formação da personalidade é ajudar a descobrir e aprofundar as motivações para se dedicar ao trabalho catequético. Por vezes o catequista começa sua atividade estimulado por alguma motivação externa: convite de alguém, necessidade de preencher vaga, desejar de acompanhar os próprios filhos, entusiasmo por essa missão transmitido por alguém etc” (n. 152).
Esse convite externo é um chamado de Deus para você começar a evangelizar. A partir dessas motivações externas, o catequista deve empenhar-se na própria formação, para descobrir motivações que vão além das já conhecidas, como: “Aprofundar, viver e anunciar o Evangelho numa dimensão comunitária; Tomar consciência da própria missão batismal e crismal; Ser membro responsável da comunidade cristã e pôr seus dons a serviço; engajar-se nas lutas pelas legítimas aspirações do povo” (idem, n. 152).
1 – Escreva quais motivos te levam a tomar a decisão de ser catequistas:
Para finalizar: leitura orante do texto: Lc 24, 13-33 – Discípulos de Emaús
SUBSÍDIO PARA LER EM CASA
EU, A CATEQUESE E A MISSÃO DE EVANGELIZAR
Pe. Cristovam Iubel
Segundo os Bispos do Brasil (CNBB, 1983), “no Novo Testamento, o termo catequese significa dar uma instrução a respeito da fé. Em sua origem, o termo se liga a um verbo que significa fazer ecoar. A catequese de fato, tem por objetivo último fazer escutar e repercutir a Palavra de Deus” (n. 31).
Ao tornar-se catequista, você irá anunciar uma mensagem que não é sua, nem do padre da sua comunidade, nem do bispo da sua diocese, mas sim de Deus. Você irá apresentá-los aos catequizandos, por palavras e ações, dizendo aquilo que Ele disse a respeito de si mesmo, e que nós chamamos de revelação (=tirar o véu, mostra-se, apresentar-se). Partiu de Deus a iniciativa de contar quem é Ele e quem somos nós. Por amor Ele está na origem e no fim último da vida, como também está ao partilhar conosco a sua existência e essência, em Jesus Cristo.
Catequizar é “fazer ecoar” no coração e na mente dos catequizandos o que o próprio Deus diz. Como os discípulos de Emaús ao ouvirem Jesus, os catequizandos, ao ouvirem o catequista, devem dizer o que eles disseram: “Não se abrasava o nosso coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as escrituras?” (Lc 24,32).
Destaca o Diretório Nacional de Catequese (CNBB, 2006): “A catequese é um dos meios pelos quais Deus continua hoje a se manifestar às pessoas. Ela atualiza a revelação acontecida no passado. O catequista experimenta a Palavra de Deus em sua boca na medida em que, servindo-se da Sagrada Escritura e dos ensinamentos da Igreja, vivendo e testemunhando sua fé na comunidade e no mundo, transmite para seus irmãos esta experiência de Deus” (n. 27).
Em resumo: a catequese alcança o seu objetivo quando suscita e desperta nos catequizandos o desejo e sua correspondente ação de entrar em comunhão com Deus. Catequizar, portanto, é fazer ecoar (=repercutir) Deus e seu amor no coração e na mente dos catequizandos.
Responda:
1 – Qual é o significado do termo “catequese”?
2 – Que mensagem você, como catequista, irá transmitir aos catequizandos: a sua ou a de Deus? E por quê?
3 – Que semelhanças existem entre o caminho dos discípulos de Emaús e Jesus (Lc 24, 13-33) e os catequizandos e o catequista?
(Extraído do livro: “Aprendendo a ser catequista – formador de discípulos missionários”)