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CELIO REGINALDO CALIKOSKI
HERÓI
Este filme conta a história de um pobre servo sem nome que é alçado a herói depois que elimina três assassinos temidos pelo rei Qin. Essa história se passa antes da unificação da China. O rei Qin quer unificar sete estados formando, assim, um país. “Sem Nome” é chamado ao palácio, para contar como derrotou guerreiros tão fantásticos como Céu, Neve e Espada Quebrada. No desenrolar da história, assistimos três versões, com muitas lutas, poesias e cores. Cada versão da história tem uma cor: vermelho, representa a luxúria; azul, representa a tragédia e branco, representa a busca da paz. Como um bom filme de espadachim, temos cenas de lutas de tirar o fôlego, como a luta entre Neve e Lua e, também, a luta de “Sem Nome” e Espada Quebrada num lago. A cena de batalha com arcos é espetacular. Herói é um filme em busca da paz e do bem coletivo, como comprova no diálogo de Espada Quebrada: “A dor de uma pessoa é nada comparada ao sofrimento de todos.” A interpretação dos artistas é impressionante, as expressões em seus rostos falam mais do que os diálogos. Enfim, cada cena é uma pintura, cada luta é um balé de pancadas e cada palavra é dita com poesia.
Ficha técnica: Herói. Direção: Zhang Yimou. Artistas: Jet Li, Tony Leung, Chiu Wai, Maggie Cheung, Zhang Ziyi. Duração: 96 minutos.
Assista ao trailer do filme clicando na imagem.
CELIO REGINALDO CALIKOSKI
O ALEIJADINHO
O filme revela a intimidade , a formação como escultor e arquiteto do artista conhecido como Aleijadinho. Além disso enfatiza o relacionamento amoroso de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, com a bela Helena, e ainda os conflitos políticos com a pai, a amizade com o inconfidente Cláudio Manoel da Costa, por meio de quem conhece detalhes da revolta histórica da Inconfidência Mineira, alem da misteriosa doença que adquire aos 47 anos de idade. Doença que o afligiu pelo resto da vida, mas, apesar de enormes sofrimentos, não o impediu de trabalhar até os 76 anos, com os instrumentos que seus três fiéis auxiliares lhe amarravam nas mãos. Aleijadinho viveu os dois últimos e dolorosos anos de sua vida entrevado num quarto.
Este filme nos mostra um Brasil antes do império, onde ainda era uma colônia de Portugal. Nesta época houve dois fatos tristes em nossa história.
O primeiro é a escravidão, um fato ridículo “abolido” do Brasil, em 1888, por um ato da Princesa Izabel. A escravidão foi uma barbárie contra nossos irmãos negros, que eram forçados a saírem de sua áfrica para trabalharem em serviços pesados no Brasil, em troca eles tinham um alimento que mais parecia uma gororoba impossível de comer e aposentos para dormir, onde eram acorrentados e a cama era palha seca, esse lugar onde eles dormiam chamava-se senzala. Mas, se vocês pensam que com a assinatura da Princesa Izabel acabou a escravidão, você se engana, porque 122 anos após esse fato ainda tem idiotas que fazem os próprios semelhantes de escravos, exemplo: fazendeiros, inclusive no Paraná, que utilizam mão de obra forçada e não dão nenhuma remuneração a essa mão de obra.
O segundo fato triste de nossa história é a repressão do governo português contra a Inconfidência Mineira. A ideia dos inconfidentes, em 1789, era transformar o Brasil independente, ficando toda sua riqueza aqui e não para tornar Portugal uma potência. Essa riqueza, ficando no Brasil, daria para industrializar o país, construir escolas e universidades para seu pleno desenvolvimento. Os inconfidentes não tiveram sucesso por um defeito que até hoje existe: a traição política.
Mas, no meio destes tristes fatos da história tem uma beleza que permanece viva até hoje e nos enche de orgulho de ser brasileiro: as obras do mestre Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, que apesar de seu sofrimento físico e emocional fazia obras magníficas. Exaltemos os “Aleijadinhos” de nossa história e punamos os políticos safados e sem vergonha que hoje estão nos envergonhando.
Assista ao filme e veja porque devemos se orgulhar de sermos brasileiros.
Ficha técnica: O Aleijadinho; Direção: Geraldo Santos Pereira; Artistas: Maurício Gonçalves, Maria Ceiça, Ruth de Souza, Carlos Vereza, Edwin Luisi; 100 minutos; ano 2000.
CELIO REGINALDO CALIKOSKI
MÚSICA DO CORAÇÃO
Música do Coração é uma história real e inspiradora de uma mulher que, ao aprender a acreditar em si mesma, foi capaz de dar a incontáveis crianças um belo presente: ela provou que elas eram capazes de fazer qualquer coisa pela vida.
O filme começa quando Roberta Guaspari (Meryl Streep) separa-se e vem morar com a mãe. Junto ela traz seus cinqüenta violinos e dois filhos. Ao vir morar com a mãe, ela tem que procurar emprego, porque sua mãe não pode sustentar a todos. Não se dá bem no primeiro emprego, mas reencontra um amigo de escola que indica para ela uma escola para ensinar violino às crianças. Depois de muita insistência ela consegue uma vaga de professora de violino numa escola de um bairro pobre de Nova York: East Harlen. Nessa escola ela teve que enfrentar o pessimismo de colegas, racismo de pais e a baixa auto-estima das crianças. Depois de 10 anos lecionando o Conselho da escola diz a ela que as aulas de violino serão encerradas para conter despesas. Ela batalha junto a seus amigos e consegue manter essas aulas. Roberta resistiu e lutou, não se deixou desanimar pelo obstáculo que apareceu em sua frente.
Eu poderia falar sobre vários pontos desse filme, como: mulher dedicada e abandonada pelo marido, racismo, pobreza, opressão; mas, prefiro falar sobre educação, em dois aspectos. Primeiro: o abandono educacional dos governantes, tanto no Brasil como fora do Brasil. Os alunos de uma escola de um bairro pobre americano, (porque lá também tem pessoas discriminadas a viver na pobreza como aqui), ganham uma disciplina extra no currículo: aulas de violino, mas, como são pobres essas aulas são desnecessárias e tem que se economizar, senão o governo joga dinheiro fora com bobagem de música. Outro aspecto é o dinamismo de como a professora Roberta enfrenta o problema de ser cortadas as suas aulas de violino. Nós professores temos que seguir seu exemplo e sair da apatia e conformismo que se abateu sobre nossas escolas. No filme, a professora Roberta só conseguiu continuar com seu projeto porque seus amigos, com mais posses, a ajudaram. E nós professores do Brasil? Não temos aulas de violino em nossas escolas, mas temos vários “amigos da escola”, onde estão nos substituindo em sala de aula. Será que num hospital os médicos iriam permitir os “amigos do hospital”? Será que os os pilotos de avião iriam permitir os “amigos do avião”? Porque nós professores temos que permitir que “amigos da escola” entrem na sala de aula para realizar o nosso serviço? Temos que seguir o exemplo da professora Roberta e arregaçar as mangas e lutar pela nossa profissão. Técnica: Música do Coração; Direção: Wes Craven: Artistas: Meryl streep, Aidan Quin, Ângela Basset, Glória Stefan, Kieran Culkin. 126 minutos.
Clique na imagem para assistir o trailler
CELIO REGINALDO CALIKOSKI
VISÕES
Você se lembra da ditadura militar no Brasil? Se você não lembrar assista ao Visões e veja o que certos seres humanos são capazes de fazer para manter o poder.
A história de Visões se passa em Buenos Aires, Argentina, de 1976 a 1983. ele concilia drama político com premonição. Depois da esposa (Emma Thompson) de Carlos (Antonio Banderas), diretor de teatro, ser “desaparecida” pelo governo militar argentino, ele começa a ter visões que perturbam sua mente, a visões são de pessoas “desaparecidas”. Sua esposa, a jornalista Cecília, foi presa e escondida pelo governo argentino porque escreveu uma matéria sobre pessoas “desaparecidas” na Argentina. Carlos começa uma busca pela Cecília, e, entre essa busca ele começa, também, a atender familiares de desaparecidos em sua casa. Nas visões que ele tem dos desaparecidos, o filme mostra todo o horror de uma ditadura. Suas torturas para fazer as pessoas confessarem o que nem sabem, porque muitas eram pessoas inocentes, que não tinham nada a ver com o conflito político; o modo de como fazer para os familiares dos “desaparecidos” ficarem calados e a violência utilizada por um governo totalmente desumano.
O filme mostra o início do movimento “Madres Del Plaza de Mayo”, onde mães de “desaparecidos” se reunião na Plaza de Mayo, em frente a Casa Rosada, para saberem onde estavam seus filhos.
No início do filme mostra um texto, em forma de poesia, que diz que após o término da ditadura militar na Argentina, em 1983, os generais que governaram o país, pediram para os argentinos não olharem para trás, porque, se eles olhassem, o sofrimento e os ferimentos (causados por esses generais inescrupulosos) nunca acabariam. Esses generais na verdade queriam que os argentinos ficassem calados para não serem punidos pelas barbaridades que eles provocaram. No final do texto diz assim: “Mas temos que olhar para trás. É o nosso sagrado dever olhar para trás.” Ainda bem que as Madres Del Plaza de Mayo não deixaram de olhar para trás, porque assim o mundo ficou sabendo, através de suas palestras e filmes o que uma ditadura pode fazer as pessoas e a um país.
Essa ditadura louca que o filme Visões mostra a todos nós não aconteceu somente na Argentina, mas em toda América Latina, principalmente na Argentina, Brasil e Chile.
No final do filme mostra uma lista de pessoas “desaparecidas” em várias ditaduras pelo mundo afora, nas ditaduras do passado e nas de hoje.
Nos créditos finais do filme ainda você pode se deliciar com uma canção brasileira Maria, Maria de Milton Nascimento e Fernando Brandt, cantada em espanhol por Antonio Banderas.
As atuações de Antonio Banderas e Emma Thompson são perfeitas e a direção de Cristopher Hampton deu a mistura certa entre drama político e premonição.
Assista a esse belo filme e veja porque as ditaduras têm que ser varridas do mundo e, também, tenha uma excelente aula de história contemporânea da nossa querida América.
Como diz no final do filme: “Em algum lugar do mundo, hoje, alguém está ‘desaparecendo’!” Cuide-se, o próximo pode ser você!
Ficha técnica: Visões, 2003; Direção: Cristopher Hampton; Artistas: Antonio Banderas e Emma Thompson; 107 minutos.
FILMES
CELIO REGINALDO CALIKOSKI
A História Real e Baleias de Agosto
No Brasil temos um sério problema: o abandono dos idosos. Temos uma quantia significativa de idosos no Brasil, e cada ano que passa aumenta mais, porque a expectativa de vida aumentou nos últimos anos e continua aumentando. Mas, os nossos governantes não estão dando devida atenção a esse aumento, prova disso é o Estatuto do Idoso, que é mais um estatuto no Brasil que não está sendo obedecido. Digo mais um estatuto, porque temos o Estatuto da Criança e Adolescente, pessimamente apelidado de ECA. Prova disso é que no ECA diz que as crianças e adolescentes infratores devem ser recolhidos num local regional, onde estas crianças e adolescentes vão ter uma reincersão na sociedade, mas quando cometem alguns delitos a policia e o juiz não sabem para onde levar, com isso mandam para a família que também já não sabem mais o que fazer com eles. Então me pergunto: Será que o Estatuto do Idoso vai funcionar? É só observarmos na televisão: idosos não podendo viajar de graça, como prevê a lei; idosos morrendo nas filas de hospitais sem ser atendido; idosos tento que esperar horas nas filas de banco para receber um salário ridículo; e outros mais abusos contra essas pessoas que tanto contribuíram para o crescimento desse país.
Mas o pior mesmo é quando familiares dos idosos os abandonam à própria sorte, sendo jogados em asilos, sendo abandonados em hospitais. É muito triste saber que um filho faz essa barbaridade com sua mãe ou seu pai e ainda, esses filhos, têm a coragem de chorarem no velório de sua querida mamãe ou querido papai.
Vocês devem estar estranhando porque eu estou fazendo essa crítica. É uma introdução para falar de dois maravilhosos filmes que abordam a velhice.
O primeiro é “HISTÓRIA REAL”, onde um homem de mais de 70 anos mora com sua filha e recebe a notícia que seu irmão, que ele não o vê a mais de 10 anos, por causa de uma briga, teve um derrame. Esse irmão mora a 317 milhas (510 quilômetros) de sua casa. Ele decide rever seu irmão enfrentando essa distância, (como se fosse uma penitência), dirigindo um tratorzinho de cortar grama. Nessa viagem este idoso dá uma lição de vivência a muitos jovens e mostra perseverança, solidariedade e amizade.
O segundo é “BALEIAS DE AGOSTO” que mostra de forma sensível e poética a vida cotidiana de duas velhas irmãs, isoladas numa ilha. A primeira é romântica e sonhadora, tem nostálgicas recordações, onde fala com seus entes queridos através de seus retratos. Cuida da irmã necessitada e conserva uma paixão por um velho amigo que as vista de vez em quando. A segunda é cega e é marcada por sentimentos de vaidade e ciúme. Tem um pessimismo à flor da pele, sempre diz a irmã romântica: “tudo morre, cedo ou tarde.”, “A vida sempre engana!”. O filme tem esse título porque em agosto a baleias passam pela ilha onde elas moram. É um filme sensível que mostra que os velhos também têm sentimentos, um dos últimos filmes da excelente Bette Davis, numa interpretação espetacular.
Ficha Técnica: História Real; 1999; Direção: David Lynch. Artistas: Richard Farnsworth e Sissy Spacek; 111 minutos.
Baleias de Agosto; 1987; Direção: Lindsay Anderson; Artistas: Bette Davis, Lillian Gish, Vicent Price. 90 minutos.