Duas semanas atrás recebi um telefonema no meu local de trabalho onde uma mãe de catequizanda me fez a pergunta acima. O diálogo foi assim:
- Alô!
- Oi, é o Célio, Coordenador da Catequese?
- Sim.
- Eu sou a mãe de uma catequizanda e gostaria de saber se é obrigado a minha filha ir a missa durante as férias?
Nesse momento eu fiquei em silêncio sem saber o que falar e ela me pergunta:
- Oi, você está aí?
- Sim, só estou tentando assimilar o seu questionamento – e perguntei a ela – Por que você está fazendo essa pergunta?
- Porque o padre e a coordenadora da catequese aqui da Paróquia estão obrigando as crianças a irem nas missas durante as férias.
Respondi a ela:
- Se você tem fé e acredita na Igreja nunca me faria essa pergunta, pois eu, como cristão, eu participo toda semana da Santa Missa com alegria.
Ela ainda insistiu para que eu dissesse que o padre e a coordenadora estivessem errada, eu tive que dizer a ela que os dois estavam certos e que teria que desligar, pois precisava dar aula.
Esse diálogo me deixou perplexo e triste, perplexo porque um cristão católico precisa conhecer melhor a sua fé, se percebe que a fé de muitos católicos é superficial ou uma fé baseada numa tradição familiar: “a minha vó, meu vô, minha mãe, meu pai, eu fizemos a Primeira Comunhão e meus filhos precisam fazer também se não alguma coisa de má pode acontecer a eles”.. Triste porque fazer uma pergunta dessas a um catequista é dizer “o que vocês estão fazendo aí? A minha fé é pequena e vocês não estão me ajudando”.
Eu devo ir à missa sempre porque eu sou cristão católico. A missa é o ponto alto da minha fé, sem participar dela minha vida é vazia, é chata, sem sentido. Como diz a catequista Ercília de Paulo Frontim “Cristo não tira férias, trabalha dia e noite por nós.” Então não custa nada tirarmos uma horinha da minha semana para participar com alegria da Santa Missa.
O cristão católico guarda o domingo para louvar e adorar ao Senhor porque é o dia da Ressurreição de Jesus Cristo, nosso Salvador. O domingo é dia de curtir a família, um passeio com os filhos, mas temos que lembrar que Jesus faz parte de nossa família, Ele é um membro ativo que sempre está ao nosso lado quando mais precisamos. Então o domingo também é dia de curtir e adorar o nosso Deus, esse Deus maravilhoso que sempre está pronto a nos perdoar, a nos amar, como diz o Papa Francisco. E devemos reservar um tempo para participarmos da Santa Missa, inclusive nas férias.
Vou terminar com uma citação do Pe. Cido de Joinvile, SC que também foi questionado sobre ir à missa toda semana:
“... certamente você já deve ter experimentado aquela sensação de que a missa não muda. É tudo igual, tudo repetitivo, etc. Lembre-se, porém, que sua família não muda e você a ama; sua escola é a mesma, e você a frequenta; seus amigos são os mesmos e você não se enjoa deles. Você vai ouvir também de muita gente que ir à missa só vale quando a gente tem vontade. Eu também acho. Mas também acho que devemos educar a nossa vontade para querer coisas boas que nos fazem crescer, que nos fazem felizes.”
domingo, 6 de agosto de 2017
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
RESENHA: A SANGUE FRIO
É um livro de tirar o fôlego. Realista, por ser um fato real. Truman Capote narra com brilhantismo a história dos quatro membros da família Clutter, que foram brutalmente assassinatos, e dos dois criminosos executados cinco anos depois. O interessante do texto é a pesquisa que Capote fez sobre a família na pequena cidade de Holcomb, em Kansas, Estados Unidos. Ele relata com precisão a vida da família na primeira parte do livro e quem foram as últimas pessoas a vê-las, com esse relato o leitor entra na intimidade dos Clutter. Também nessa parte conhecemos os dois assassinos, de como eles iam matar a família e o por quê do assassinato. Na segunda e terceira parte, já com o crime acontecido, conhecemos mais intimamente os dois assassinos, sua fuga pelos Estados Unidos e pelo México. Também nestas duas partes conhecemos toda a investigação para se chegar até esses dois assassinos.Na última parte é relatado o julgamento e a condenação à forca dos dois. O autor, nesta última parte relata outros assassinatos que aconteceu nos Estados Unidos, que poderiam ter acontecidos baseados nesse assassinato. No corredor da morte da morte conhecemos outras histórias brutais de assassinos que e que os assassinos também foram condenados à morte. Em suma é um livro com uma história difícil de engolir, onde você não consegue ficar imparcial. A impressão que a gente tem do livro é que não existe segurança, podemos a qualquer momento sermos assassinados por qualquer pessoa. Com tantas pessoas insanas e cruéis no mundo é uma sorte estarmos vivos.
Assinar:
Postagens (Atom)