Foi encontrado nas grutas do mar falecido o diário de um louco com os seguintes dizeres:
Eu nasci em 1890 com 14 anos de idade avançada. Aliás, não nasci, fui encontrado num banco de madeira feito de pedra, numa noite escura em pleno meio dia enquanto chovia torrencialmente sob um sol de fritar bolinhos. Fui levado a pé numa carreta de bois puxado a cavalos, para a casa de uma velhinha tão velha que já não tinha nem rótulo nem marca, era uma casa bonita muito feia, sem paredes, sem teto, sem janela, sem porta, só tinha fechadura.
Todas as noites pelas dez horas da manhã a velhinha calada assim me dizia: "Você será um menino de longos cabelos curtos, inteligente pra burro e burro pra cachorro". Depois que cresci gostava muito de passear de barco sem fundo num rio sem água onde me divertia vendo os pássaros nadando e os peixes voando.
Meu pai era farmacêutico pois trabalhava na roça, um dia plantou abóbora e colheu tomate, ficou tão alegre que de tristeza se atirou na cama e dormiu no chão. Então resolvi me tirar da vida pública e me dedicar à Imprensa, emprensava gado vivo para vender bife batido.
Uma vez adoeci gravemente, mas embora estivesse bem de saúde, sofri uma congestão na barriga da perna e tive que ir ao dentista extrair todos os dentes do meu pente. Mas a coisa piorou, tentei fechar o nariz para evitar um último suspiro, mas acabei me defuntando. Minha vida depois da morte começou com briga, reclamei contra o caixão que parecia uma canoa sem motor, ao menos me dessem um remo. Eu estava gordo para me levaram pro cemitério , tiveram que fazer duas viagens.
Ao chegar no cemitério enterrei o povo e voltei sozinho para casa, a fim de terminar este diário semanal escrito mensalmente por mãos que nunca escreveram uma mentira.
JORNAL PRÁS CARA BULACHADA
EDIÇÃO DE TODOS OS DIAS, EMPRENSADO UMA VEZ POR SEMANA, LIDO UMA VEZ POR MÊS, POR FALTA DE PAPEL.
(Autor Desconhecido)
Eu nasci em 1890 com 14 anos de idade avançada. Aliás, não nasci, fui encontrado num banco de madeira feito de pedra, numa noite escura em pleno meio dia enquanto chovia torrencialmente sob um sol de fritar bolinhos. Fui levado a pé numa carreta de bois puxado a cavalos, para a casa de uma velhinha tão velha que já não tinha nem rótulo nem marca, era uma casa bonita muito feia, sem paredes, sem teto, sem janela, sem porta, só tinha fechadura.
Todas as noites pelas dez horas da manhã a velhinha calada assim me dizia: "Você será um menino de longos cabelos curtos, inteligente pra burro e burro pra cachorro". Depois que cresci gostava muito de passear de barco sem fundo num rio sem água onde me divertia vendo os pássaros nadando e os peixes voando.
Meu pai era farmacêutico pois trabalhava na roça, um dia plantou abóbora e colheu tomate, ficou tão alegre que de tristeza se atirou na cama e dormiu no chão. Então resolvi me tirar da vida pública e me dedicar à Imprensa, emprensava gado vivo para vender bife batido.
Uma vez adoeci gravemente, mas embora estivesse bem de saúde, sofri uma congestão na barriga da perna e tive que ir ao dentista extrair todos os dentes do meu pente. Mas a coisa piorou, tentei fechar o nariz para evitar um último suspiro, mas acabei me defuntando. Minha vida depois da morte começou com briga, reclamei contra o caixão que parecia uma canoa sem motor, ao menos me dessem um remo. Eu estava gordo para me levaram pro cemitério , tiveram que fazer duas viagens.
Ao chegar no cemitério enterrei o povo e voltei sozinho para casa, a fim de terminar este diário semanal escrito mensalmente por mãos que nunca escreveram uma mentira.
JORNAL PRÁS CARA BULACHADA
EDIÇÃO DE TODOS OS DIAS, EMPRENSADO UMA VEZ POR SEMANA, LIDO UMA VEZ POR MÊS, POR FALTA DE PAPEL.
(Autor Desconhecido)