LEITURA ORANTE
TEXTO: Lc 15,11-32
1-Pacificação Interior: (canção TUDO É DO PAI – Padre Fábio de Melo)
2-Invocação ao Espírito Santo.
Pedimos que o Espírito Santo venha iluminar nossas mentes e aquecer nossos corações:
VINDE ESPÍRITO SANTO, ENCHEI OS CORAÇÕES DE VOSSOS FIÉIS E ACENDEI NELES O FOGO DE VOSSO AMOR. ENVIAI O VOSSO ESPÍRITO E TUDO SERÁ CRIADO. E RENOVAREIS A FACE DA TERRA.
OREMOS: DEUS, QUE INSTRUÍSTES OS CORAÇÕES DOS VOSSOS FIÉIS COM A LUZ DO ESPÍRITO SANTO, FAZEI QUE APRECIEMOS RETAMENTE TODAS AS COISAS SEGUNDO O MESMO ESÍRITO E GOZEMOS SEMPRE DE SUA CONSOLAÇÃO. POR CRISTO SENHOR NOSSO. AMÉM.
3 – Pedir perdão a Deus, também perdoar.
Vamos pedir perdão a Deus e também perdoar, vamos pedir a paz, vamos pedir que Deus elimine os conflitos para que possamos dialogar com profundidade./ Pedimos o perdão e agora, vamos nos colocar a disposição para perdoar, só assim encontraremos a paz. Se não conseguirmos perdoar no coração, se faltam forças, peçamos ao Senhor que venha Ele dar o perdão./
4 – Ler atentamente, lentamente o texto de Lc 15,11-32.
Ler sem pressa várias vezes, deixe o Senhor falar, chegou o momento de ouvirmos o Senhor, preste atenção nos gestos dos personagens, frases de maior ressonância, observe os sinais e as Palavras de Jesus./
Se alguém quiser falar brevemente sobre algum gesto dos personagens ou palavras ou frase de maior ressonância, pode falar agora.
5 – Imaginar e inserir-se no cenário do texto.
Reler o texto imaginando e inserindo-se no cenário. Na época de Jesus o irmão mais velho representava o povo judeu e o mais novo o povo gentio. E, hoje, usando a imaginação, quem é o irmão mais velho? E o irmão mais novo? Qual é o personagem que posso me identificar: o irmão mais novo, o mais velho ou o Pai./
6 – Reflexão.
Como reflexão vamos ouvir a leitura de uma parte do sermão de Santo Agostinho sobre o irmão mais novo e o Pai e da explicação de Carlos Mesters e Mercedes Lopes sobre o filho mais velho.
A herança que o irmão mais novo recebeu do Pai é a inteligência, a mente, a memória, o engenho e tudo o que Deus nos deu para que O conhecêssemos e Lhe déssemos culto. Distanciou-se de Deus, esquecendo de seu Criador. Consumiu toda sua capacidade em luxúria, em ídolos, em todo tipo de desejos perversos.
Teve fome, fome da verdade invisível. “Foi pôr-se a serviço de um dos senhores daquela região”: entenda-se, o diabo, o senhor dos demônios
.
À margem de Deus foi submetido à servidão de apascentar porcos, a servidão mais extrema e imunda que costuma alegrar os demônios.
Alimentava-se então das vagens de porcos: vistosas doutrinas do mundo: servem para ostentar, mas não para sustentar; alimento digno para porcos, mas não para homens.
Voltou para si e só assim pode voltar para o pai. Voltando-se para si mesmo, encontrou-se miserável.
Levantou-se e voltou. ”Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como a um dos teus empregados”. Ele ainda nada tinha dito, só pensava em dizer. O pai, porém, ouvia como se o filho já o tivesse dizendo.
Por vezes, em meio a uma tribulação ou tentação, alguém pensa em orar, geralmente, Deus já o está atendendo. Quando o homem delibera orar, já lá está Aquele que lá estará quando ele começar a oração.
Embora tivesse ainda somente a disposição de falar ao pai, cogitando em seu interior: “Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei...”, o pai que de longe já conhece essas cogitações, foi ao seu encontro.
“Ir ao encontro” é antecipar-se pela misericórdia. Pois “estava ainda longe, quando seu pai o viu, e, movido pela misericórdia, correu-lhe ao encontro” porque o filho tinha confessado sua miséria.
Tendo recebido o filho em paz, tendo-o beijado, ordena que lhe deem uma veste: a esperança de imortalidade, conferida no batismo. Ordena que lhe deem um anel, penhor do Espírito Santo; calçado para os pés, como preparação para o anúncio do Evangelho da paz, para que sejam formosos os pés dos que anunciam a boa nova.
Mandou também matar o bezerro cevado, isto é, que fosse admitido à mesa em que o alimento é Cristo. Mata-se o bezerro para todo aquele que, de longe, vem para a Igreja, na qual se prega a morte de Cristo e no Seu corpo o que vem é admitido. Mata-se o bezerro cevado porque o que se tinha perdido foi encontrado.
(Sermão de Santo Agostinho)
O filho mais velho volta do serviço do campo e encontra a casa em festa. Quando sabe do motivo da festa, fica com muita raiva e não quer entrar. Fechado em si mesmo, ele pensa ter o seu dinheiro. Não entende a alegria do Pai. Sinal de que não tinha intimidade com o Pai, apesar de viver na mesma casa. Pois, se tivesse, teria notado a imensa tristeza do pai pela perda do filho mais novo e teria entendido a alegria dele pela volta do filho. Quem fica muito preocupado em observar a lei de Deus corre o perigo de esquecer o próprio Deus! O filho mais novo, mesmo longe de casa, parecia conhecer o pai melhor que o filho mais velho, que morava com ele na mesma casa! Pois o mais novo teve a coragem de voltar para a casa do pai, enquanto o mais velho não quer mais entrar na casa do pai! Ele não se dá conta de que o pai, sem ele, vai perder a alegria. Pois também ele, o mais velho, é filho do mesmo jeito que o novo.
O pai sai de casa e suplica ao filho mais velho que entre. Mas este responde. Ele não quer entrar. Ele também quer festa e alegria, mas só com os amigos. Não com o irmão, nem com o pai. Ele nem sequer chama o mais novo de irmão, mas “esse seu filho”, como se não fosse mais irmão dele. E é ele, o mais velho, que fala em prostitutas. É a malícia dele que interpretou assim a vida do irmão mais novo! Quantas vezes nós interpretamos mal a vida e a religião dos outros! A atitude do pai é outra. Ele acolheu o filho mais novo, mas não que perder o filho mais velho. Os dois fazem parte da família. Um não pode excluir o outro.
Da mesma maneira como pai não deu atenção aos argumentos do filho mais novo, assim também não dá atenção aos argumentos do mais velho e diz: “Filho, tu estás sempre comigo...”. Será que o mais velho tinha realmente consciência de estar sempre com o pai e de encontrar nesta presença a causa da sua alegria? A expressão do pai “Tudo que é meu é teu!” inclui também o filho mais novo que voltou! O mais velho não tem o direito de fazer distinção. Se ele quer ser mesmo filho do pai, terá que aceitá-lo do jeito que ele é e não do jeito que ele gostaria que o pai fosse.
Quem experimenta a gratuita e surpreendente entrada do amor de Deus em sua vida torna-se alegria e quer comunicar esta alegria aos outros. A ação salvadora de Deus é fonte de alegria: “Alegrem-se comigo!” (Lucas 15,6.9). É desta experiência da gratuidade de Deus que nasce o sentido da festa e da alegria (Lucas 15,32).
(Livro: “O Avesso é o Lado Certo” de Carlos Mesters e Mercedes Lopes)
7 – Minhas palavras de adesão/propósito.
A Palavra do Senhor já foi lida com inteligência e com a imaginação, entramos no cenário, tornamo-nos um dos personagens, ouvimos o Senhor falar, chegou o momento de darmos uma resposta, uma palavra de gratidão, súplica ou manifestação de uma esperança. Pode ser feita em pensamento, pois o Pai já está nos atendendo antes mesmo de orarmos, ou pode ser feito em voz alta para todos ouvirem./
8 – Vamos rezar o Salmo 103:
HONRA, GLÓRIA E LOUVOR AO SENHOR ETERNAMENTE.
QUE EU LOUVE O SANTO DEUS COM TODAS AS MINHAS FORÇAS!
QUE TODO O MEU SER LOUVE O MEU SENHOR,
E QUE EU NÃO ESQUEÇA NENHUMA DE SUAS BENÇÃOS!
O SENHOR PERDOA TODOS OS MEUS PECADOS
E CURA TODAS AS MINHAS DOENÇAS,
ELE ME SALVA DA MORTE
E ME ABENÇOA COM AMOR E BONDADE
ELE ENCHE MINHA VIDA COM MUITAS COISAS BOAS.
LOUVEM O SENHOR TODAS AS CRIATURAS.
QUE TODO O MEU SER TE LOUVE, Ó SENHOR!
9 – Para encerrarmos ouviremos a canção O Viajante do Padre Zezinho.
Enquanto ouvimos a canção vamos dar um abraço a quem está ao nosso lado e desejar-lhe uma noite de paz e de bom sono.
